terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Eu

Poxa... Entre altos e baixos tive uma vida com mais coisas boas que ruins. Sim, tive épocas negras, mas também vivi períodos de dar inveja. Tenho uma vida para os padrões gerais, confortável. Se comparar com a grande maioria não poderia reclamar de quase nada. Tenho pais fora de série. Tenho um filho bonito, inteligente, boa gente e com saúde (difícil é a relação com a mãezinha dele, mas faz parte do show). Tenho o carinho de muita gente na cidade. Nos lugares que chego raramente não sou bem recebido, criei essa condição. Em relacionamentos da maioria eu não queria nem saber, no que eu queria fracassei, ou fracassamos, mas isso o tempo há de contar e não é exclusividade minha. Assim sendo também nunca tive grandes problemas com amores e desamores. Fiz umas burradas, mas que nem são tão burradas assim. Mas das burradas nenhum pecado capital. Coisas dignas de umas cintadas e umas Ave Marias. Cuido da minha imagem, mas não abro mão de mim. Em termos de trabalho levei umas rasteiras que me custaram muito, mas também ocupei lugares que maioria não ocupou. Sem falsa modéstia, não nasci burro, já é uma grande coisa. Então na média geral não devia reclamar. Em suma, sou um cara simples, mas não miserável, tive uma juventude aproveitada ao extremo. Tive boas coisas. Não passo dificuldades básicas. Tenho um futuro mais ou menos desenhado e isso e aquilo. Pois é... Nunca falei diretamente da minha vida, mas o que acho hoje é que falta. E essa falta infelizmente perece apagar tudo de bom que fui, sou e posso ser. Podia ser mais especifico, mas apenas digo que a vida é estranha e que por mais que tenhas vivido e consigas viver no momento, um dia poderás encontrar o grande livro de questionamentos. Por quê? Onde? Como? Quando? O que? Será? E agora depois da longa estrada, aparece isso tudo, e me resta resolver para voltar a me sentir inteiro.

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